Federação apoia luta dos Professores de Ibiúna junto ao Sindicato pelo persistente descumprimento do piso salarial nacional

Federação apoia luta dos Professores de Ibiúna junto ao Sindicato pelo persistente descumprimento do piso salarial nacional

A Federação, representada pelo presidente Aires Ribeiro e o nosso procurador Dr. Jamir Menali, esteve presente nesta quarta, 20 de agosto, para somar forças com o Magistério de Ibiúna. Liderados pelo Sindicato dos Servidores Públicos de São Roque, Ibiúna e Região, os Professores estiveram em assembleia que debateu o persistente descumprimento do Piso Salarial Nacional por parte da Administração municipal. O momento foi de união, orientação e definição de estratégias para garantir o direito constitucional dos Educadores.

Gestão municipal reconhece déficit

O cerne da discussão reside em um processo de recadastramento determinado pela Prefeitura, que visa mapear a situação individual dos 679 Professores da rede. A justificativa apresentada é a existência de inconsistências nos registros de progressão funcional, formação acadêmica e, principalmente, na carga horária de cada Docente. Essas distorções, além de negar legalmente adicionais e vantagens previstos em Estatuto, criam um cenário de prejuízo financeiro direto ao profissional e podem afetar até mesmo a arrecadação de verbas estaduais para o município.

Hora-aula paga está 24,36% abaixo da lei

Embora a gestão alegue a necessidade desse levantamento para calcular o impacto financeiro de adequações futuras, um dado alarmante já foi oficialmente admitido pelo próprio RH municipal: o valor da hora-aula paga atualmente em Ibiúna está um colossal 24,36% abaixo do estipulado pela legislação federal do piso. Apesar de o percentual do desvio ser conhecido, a Prefeitura ainda não apresentou o montante total da dívida nem um plano concreto para saná-la imediatamente.

O Dr. Jamir Menali, que acompanha o caso e representará judicialmente o Sindicato, foi enfático ao destacar as duas demandas primordiais. A primeira é a aplicação imediata do valor correto do piso. A segunda, e igualmente crucial, é o pagamento retroativo das diferenças salariais não quitadas desde 2021. Questionada, a Administração não assumiu um compromisso firme com a reparação histórica, tratando-a como “um segundo momento”, posição considerada inaceitável pela entidade.

Lei municipal inconstitucional é outro obstáculo

Outro ponto de embate é a legislação própria do município, que, ao divergir da lei federal, configura-se como inconstitucional. Dr. Jamir Menali já requereu administrativamente que o prefeito promova a alteração ou revogação desse dispositivo legal. No entanto, não houve nenhuma sinalização positiva do chefe do executivo para corrigir essa irregularidade por vias administrativas, enfraquecendo o diálogo e fortalecendo a necessidade de judicialização da causa.

Próximos passos

Diante da resistência municipal, a assembleia deliberou por intensificar a pressão. Uma nova reunião geral está marcada para 20 de setembro, às 11 horas, em frente à Prefeitura de Ibiúna. Na ocasião, serão apresentadas aos docentes todas as atualizações colhidas durante o período de recadastramento, que se encerra em 29 de agosto. A Fesspmesp, através do presidente Aires Ribeiro e do Dr. Jamir Menali, confirmou presença no ato, demonstrando o irrestrito apoio da Federação à base.

“Não mediremos esforços para auxiliar os Professores de Ibiúna. Atuaremos em todas as frentes, oferecendo todo o seu respaldo político-institucional e expertise jurídica para que os direitos dos Educadores sejam finalmente honrados. A luta é por justiça, valorização e pelo estrito cumprimento da lei, princípios inegociáveis”, pontua o presidente Aires.

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