Sindicatos querem tirar reajuste salarial de quem não pagar contribuição

As informações são do Portal UOL, que teve acesso a duas cartas em que sindicatos condicionam direitos trabalhistas ao pagamento das contribuições. Numa delas, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo fala sobre a perda do reajuste salarial e outros benefícios. Já em outra, o SindPD (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo) fala sobre a perda de direitos, mas de uma forma vaga, sem dar muitos detalhes.
Segundo o portal, as cartas se encontram nos sindicatos e precisam ser assinadas por quem quiser solicitar isenção das contribuições. Nelas, está escrito que o trabalhador concorda em abrir mão dos acordos coletivos, sendo que no caso dos metalúrgicos, o documento fala sobre reajustes salariais, e na carta do SindPD, fala-se em desistir de “direitos conquistados”.
Conduta dos sindicatos é ilegal
A conduta dos sindicatos em exigir o pagamento da contribuição é ilegal. Ou seja, os sindicatos não podem escolher quais trabalhadores terão acesso aos direitos negociados com o empregador.
Portanto, o trabalhador só deve assinar a carta de renúncia às contribuições do sindicato se forem retirados os trechos que mencionam perda de direitos.
O que dizem os sindicatos?
Por fim, em nota, o SindPD afirmou que “seguiu rigidamente todos os procedimentos legais para realização das assembleias, publicações e notificações para a categoria”. Segundo a entidade, trabalhadores que participaram das assembleias consideraram injusto que uma pequena parcela, que se acha autossuficiente, queira usufruir das conquistas do sindicato sem nenhum ônus. “Isso fere até o bom senso”, disse. Procurado pelo UOL, o Sindicato dos Metalúrgicos não respondeu ao pedido de comentário até a publicação deste texto.
Para mais informações, acesse:
Fonte: UOL.