Servidores municipais mantêm greve em São Paulo e farão novo protesto
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Os servidores municipais de São Paulo farão novo protesto amanhã (28), às 15 horas, em frente à prefeitura. Após, às 18 horas, haverá assembleia para decidir os rumos do movimento. Luiz Carlos Ghilardi, presidente do Sinesp (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo), disse à Agência Sindical que a categoria vai seguir tentando negociar com o governo municipal.
“Os trabalhadores reivindicam a revogação da lei municipal 17.020, que cria o Sampaprev, que trata da reforma da previdência da capital paulista. Eles pleiteiam também o fim da política de aumento anual de 0,01% e reajuste de 10%”, explica.
Ontem (26) pela manhã, as lideranças sindicais que representam os servidores se reuniram com secretários municipais, mas não houve acordo. Os secretários estão irredutíveis quanto à revogação da lei da reforma da Previdência, que amplia a contribuição de 11% para 14%, atrelando o tema à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 6/2019, relativa à reforma nas aposentadorias da União.
“Até agora, foram feitas três rodadas de reuniões com o prefeito Covas”, informa Ghilardi. Ele conta que a condução das negociações é dificultada, porque o prefeito impõe como condição a volta ao trabalho. “O governo insiste que o término da greve seja votado em assembleia”, explica.
A Lei 17.020, que os servidores lutam pela revogação, foi sancionada em 27 de dezembro, após aprovação na Câmara Municipal. A medida aumenta a contribuição previdenciária de 11% para 14%. E passa a valer o mesmo teto do Regime Geral de Previdência Social (R$ 5.839,45).
A lei possibilita que a prefeitura também crie um novo sistema previdenciário, por capitalização, para os que ingressarem no funcionalismo – o Sampaprev. Para revogar a lei, é preciso que o prefeito Covas encaminhe um novo projeto ao Legislativo.
Fonte: Agencia Sindical